Exclusivo: Bayer fala ao NA sobre testes para milho menor e mais resistente 6ol25

Publicado em 01/10/2019 16:28
Direto da Alemanha, Notícias Agrícolas conhece tecnologia que já beneficia cultura nos EUA

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Durante o Future of Farming Dialogue organizado pela empresa Bayer, que está reunindo vários profissionais do setor em Monheim, na Alemanha, Bob Reiter - Head Global de pesquisa e desenvolvimento, falou sobre os testes que a Bayer vem fazendo para trazer ao mercado um novo milho de estatura mais baixa, que deverá usar menos recursos e também facilitar o manejo.

Em entrevista exclusiva para Daniel Olivi, do Notícias Agrícolas, o especialista explicou que o novo milho já está ando por alguns testes. “Uma das coisas que observamos é que quando você faz o topo da planta mais curto, parece que mais energia é colocada no sistema da raiz”, explica.

Diante dos primeiros resultados, a Bayer agora testa se o fato de ter mais energia no topo, a planta ará a absorver água e nutrientes do que os produtores têm aplicado atualmente. “Nós temos certo otimismo de uma lógica científica, se isso seria verdade ou não, mas ainda estamos trabalhando para demostrar ao produtor”, afirma.

          
Bob Reiter durante entrevista exclusiva para o Notícias Agrícolas

Durante a entrevista, ele explica ainda que deixando a planta mais curta, ela também é mais resistente. Segundo ele, a planta por ser menor tem menos chances de dobrar, cair e quebrar tão facilmente, além do sistema de ser raízes serem mais profundas e maiores. Isso tudo tem um valor para o produtor, porque quanto mais milho para colheita significa mais valor para a lavoura.


Durante apresentação Bob mostra que o milho mais curto à direita, resistiu a uma tempestade no estado de Illinois

“E se acontecer de uma irrigação melhor apenas por água, a plantação vai crescer melhor e assim ter uma melhor absorção de nutrientes e o fazendeiro vai ajustando a quantidade de nutrientes que aplica”, explica. Segundo o especialista, a novidade possibilita a entrada do produtor mais tarde no campo com equipamentos, permitindo assim que o agricultor possa mudar quando e como aplicar os fertilizantes. "Quando a planta estiver crescida devidamente e realmente precisar do hidrogênio isso vai dar a chance de realmente alimentar essa planta", explica. 

Outro ponto que chama atenção é que mesmo com o milho sendo menor, tem apresentado a mesma quantidade ou até mais graõs que o disponível hoje no mercado. Além disso, os testes também têm mostrado que os milhos híbridos desenvolvem melhores resultados.

Os primeiros testes foram feitos nos Estados Unidos e no México, dois lugares que a empresa lançou produtos recentemente. Segundo ele, alguns testes já podem estar sendo feitos também na Europa e não descarta a possibilidade de testes serem feitos também no Brasil. "Somos muito interessados em trazer esse milho para o mercado brasileiro. Então nós faremos isso rapidamente porque é um importante mercado para nós. Os mesmos benefícios que nós temos visto no Estados Unidos, claramente serão vistos também no brasil", afirma.

 

 

Por: Daniel Olivi e Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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