Acrimat cobra ação do Governo e critica responsabilização direta de produtores por incêndios em área de alto risco 1v1he

Publicado em 27/05/2025 17:51

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) manifestou preocupação com a recente publicação do Edital de Notificação nº 25/2025, emitido pelo IBAMA, que classifica diversas propriedades rurais no estado como zonas de “alto risco de incêndio”.  Além disso, os proprietários de imóveis rurais na região foram notificados a adotarem medidas de prevenção e controle de incêndios nas proximidades da propriedade. Dentre as consequências, o produtor rural pode ser penalizado com autuação e aplicação de multa. Estima-se que mais de 1500 propriedades rurais, de diferentes portes, tenham sido notificadas nas regiões de Cáceres, Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço e Porto Esperidião. 413bv

Diante da responsabilização direta indevida  aos produtores, a Acrimat enviou ofício para o Governador Mauro Mendes, o Presidente do IBAMA Rodrigo Agostinho e a Superintendente, Cibele Madalena Xavier Ribeiro, solicitando a implantação de brigadas do PREVFOGO nas regiões, além da contratação de brigadas temporárias para atuação na área de risco, visto que por muitas vezes, as propriedades precisam de respaldo para auxiliar no controle de incêndios na região, principalmente os pequenos produtores, que estão entre os mais vulneráveis aos impactos das medidas tomadas.

Além do dano à imagem dos produtores, em caso de penalização a entidade alerta que a classificação pode comprometer o o dessas propriedades ao crédito rural, impactando diretamente a atividade econômica.

Outro ponto criticado por várias outras entidades é a inclusão de áreas indígenas, como a Terra Indígena Kadiwéu, na notificação. Para a Acrimat, a responsabilidade sobre a gestão e a prevenção de incêndios nesses territórios cabe à União, e não pode ser transferida ao setor produtivo rural.

A associação reforça que o produtor rural é parceiro na preservação ambiental e exige que ações dos órgãos ambientais sejam pautadas por critérios técnicos, imparciais e transparentes.

Fonte: Acrimat

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