Suinocultura independente: fim de mês interrompe curva de alta nos preços do animal vivo 4h1i29

Publicado em 25/02/2021 15:41 e atualizado em 25/02/2021 16:41
Preços tiveram comportamentos distintos entre as principais praças produtoras

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Após registrar altas nos preços no decorrer do mês, o final de fevereiro trouxe quedas ou estabilidade nos preços das principais praças que comercializam suínos no mercado independente, com exceção do Paraná. Lideranças apontam a sazonalidade do final de mês como motivação para o recuo. 

Em São Paulo, pela sexta semana consecutiva, asuinocultores e frigoríficos não entraram em acordo durante a Bolsa de Suínos, com os produtores solicitando R$ 8,00/kg vivo. Segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, nesta quinta-feira (25) os frigoríficos se posicionaram com preços inferiores ao valor solicitado pelos produtores, alegando que os animais provenientes do sul e centro-oeste do país têm valores mais atrativos. 

"Não há animais represados nas granjas, e a alegação dos frigoríficos é de que o consumo está andando de lado, o que inibe a tentativa dos suinocultores de pressionar o mercado para cima. Entretanto, sou otimista, e acredito que com a virada para março, tanto as exportações quanto o consumo interno devam ter incremento e, assim, melhorar os preços ao produtor", disse Ferreira. 

Leia Mais:

+ Suinocultor paulista amarga prejuízo de até R$ 175,00 por animal vivo vendido, aponta presidente da APCS

Minas Gerais registrou queda de preço na negociação realizada nesta quinta-feira, com valor ando de R$ 8,10/kg vivo para R$ 7,60/kg vivo. De acordo com o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, o mercado de suínos vivos se acomodou no decorrer da última semana, embora a demanda tenha vindo muito aquecida até então. "Dessa forma, ajustar-se à realidade dos preço é inevitável até o começo do próximo mês".

Em Santa Catarina, que também negocia os animais no mercado independeente às quintas-feiras, o preço se manteve praticamente estável, saindo de R$ 7,90/kg vivo para R$ 7,91/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criasores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, aponta que mesmo esta pequena movimentação nos preços é motivo de comemoração, já que se trata de um final de mês em início de ano, períodos em que as vendas são tradicionamente menores. 

Considerando a média semanal (entre os dias 18/02/2021 a 24/02/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR)  teve alta de 2,17%, fechando a semana em R$ 7,57.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 7,62.", informou o relatório do Lapesui.

No Rio Grande do Sul, as negociações ocorrem às sextas-feiras, e na última (19), o preço ou de R$ 7,38/kg vivo para R$ 7,54/kg vivo. A expectativa do presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, é de que haja, pelo menos, manutenção de preços amanhã (26). 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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