Milho fecha em baixa na B3 pressionado pela safrinha e novas projeções da Conab 304h1f

Publicado em 15/05/2025 17:22 e atualizado em 16/05/2025 09:21
Em Chicago, apenas leves baixas, apesar da despencada da soja

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Os preços do milho voltaram a cair na B3 nesta quinta-feira (15) e terminaram o dia perdendo entre 0,5% e 0,9% nas posições mais negociadas, com o julho sendo cotado a R$ 62,50 e o setembro a R$ 64,39 por saca. O mercado devolveu os ganhos da sessão anterior, realizando lucros e se voltando novamente aos seus fundamentos. 

Ainda nesta quinta, as novas projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra de grãos do Brasil também pesaram sobre as cotações.  O milho teve a produção total estimada em 126,9 milhões de toneladas, crescimento de 9,9% em relação à temporada 2023/24. A 1ª safra do grão tem a colheita finalizada em 77,6% da área semeada, com estimativa de produção em 24,7 milhões de toneladas, e a segunda safra sendo esperada perto de 100 milhões. 

"As boas condições climáticas nas principais regiões produtoras vêm favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e enchimento de grãos", informou o reporte mensal da Conab nesta quinta, ajudando na pressão sobre as cotações. 

Além disso, ainda segundo explicou o time de analistas da Agrinvest Commodities, a forte queda dos futuros da soja e do milho na Bolsa de Chicago na sessão de hoje, mesmo que indiretamente.

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal terminaram o dia com leves perdas entre as posições mais negociadas, à exceção do contrato julho, que subiu 3 pontos e fechou o dia com US$ 4,48 por bushel. Os demais cederam entre 1,75 e 2,25 pontos, comk o dezembro concluindo o pregão a US$ 4,38 por bushel. 

"Apesar da forte queda da soja, os futuros do milho permaneceram com perdas moderadas, sustentadas pela alta do trigo e do bom ritmo das vendas semanais americanas. Além disso, as preocupações com o clima quente e seco em boa parte das áreas produtoras de milho na China também já começam a ficar no radar do mercado. Em uma possível quebra de safra, a China teria que recorrer às importações de milho". 
 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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