Produtor de tourinhos desconhecia recolhimento de Funrural no mercado de reposição e teme quebrar se tiver que aderir ao Refis 2v4g60

Publicado em 28/03/2018 10:55
Em negócio com produtores de recria e engorda, nunca teria sido informado da necessidade de recolhimento, sobre o boi magro, que serve de parâmetro fiscal. Já no negócio do boi gordo, naturalmente que era de seu conhecimento. Em 2018 ainda não vendeu animais, mas só o 1,5% já comerá sua margem, diante dos custos de 60/70% por cabeça, mais as despesas com descarte e seleção. Ele calcula 150 tourinhos prontos a partir de julho.
Confira a entrevista com Orivaldo Mello - Produtor Rural

Podcast 4l4s53

Produtor de tourinhos desconhecia recolhimento de Funrural no mercado de reposição e teme quebrar se tiver que aderir ao Refis 2v4g60

 

O pecuarista Orivaldo Mello, de Campo Grande (MS), está enfrentando um problema em relação ao Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural): ele, que trabalha no mercado de boi magro, não sabia que deveria fazer a contribuição referente a esse tipo de negociação, por não se tratar de um animal terminado. Em 2017, a operação ou a ser cobrada e, até então, o produtor vem enfrentando esse caso.

Nem Mello e nem o comprador descontavam a contribuição por desconhecimento dessa necessidade neste tipo de operação. Ele comenta ao Notícias Agrícolas que, se tiver de pagar o Funrural em cima do boi magro, ele quebra.

Ele explica que "gado magro é uma coisa que você vende para várias pessoas, para recria". Até março de 2017, as vendas foram realizadas "na confiança", mas sempre com a emissão de nota fiscal.

No caso do boi gordo, Mello sabia que existia a cobrança, não tendo recolhido anteriormente por conta do dispositivo que a agropecuária possuia a seu favor nessa questão. Agora, ele ou a recolher legalmente. Em 2018, o pecuarista ainda não vendeu boi magro.

Ele diz esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) volte atrás na cobrança a ser feita aos produtores, já que acredita ser "impossível pagar". "A gente pagar em cima de prejuízo é impossível", destaca.

Hoje, Mello possui o boi magro comercializado de 8 a 12 mil reais, com um custo de 60% a 70% do valor para que este animal possa entrar no mercado.

Por: Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 2612a

Brasil livre da febre aftosa traz desafios para a defesa agropecuária, avalia Anffa Sindical
Sebrae no Pará impulsiona R$ 9 milhões em negócios com agricultura familiar no estado
Índia reduz imposto de importação sobre óleo vegetal
Centenas de produtores rurais seguem mobilizados no RS, após voto do CMN "trazer mais frustração do que alívio"
CMN autoriza prorrogação de dívidas para produtores rurais gaúchos
ANDA debateu regulamentação de bioinsumos
undefined