Depois de alongar entre 10 e 15 dias as escalas de abate em MS, frigoríficos iniciam a semana pressionando cotações do boi 1of3d

Publicado em 09/05/2017 11:50
Pecuaristas evitam vendas a patamares menores e priorizam trabalhos com vacinação nas fazendas, na tentativa de evitar a consolidação de um movimento de queda nas cotações da arroba
Confira a entrevista com Rafael Gratão - Diretor da ASPNP

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Rafael Gratão - Diretor da ASPNP 1m1y1a

 

A abertura dos negócios nessa segunda (8) foi marcada por maior pressão sobre as cotações do boi gordo no Mato Grosso do Sul.

O diretor da Associação Sul Matogrossense de Novilho Precoce (ASPNP), Rafael Gratão, conta que na semana ada o incremento de até R$ 2,00 no preço da arroba estimulou as vendas, alongando as escalas de abate de 10 a 15 dias úteis, na média.

Nesta semana, portanto, há pouco interesse de compra por parte das indústrias e também baixa necessidade de venda dos pecuaristas, mantendo os negócios lentos.

Vale lembrar que "os produtores também estão focados nos trabalhos internos, como vacinação da febre aftosa, deixando de lado a comercialização neste momento", diz Gratão.

De uma semana para outra as cotações no Mato Grosso do sul saíram de R$ 131/@ para R$ 129/@, com trinta dias. O lado positivo é que as projeções não indicam quedas muito abaixo desses patamares.

O bom regime de chuvas prolongou em aproximadamente 20 dias a capacidade de e dos pastos. "Os produtores estão com boas condições de pastagens, por isso não há necessidade de entrega dos animais", lembra Gratão.

As vendas ocorrem comadamente de acordo com a necessidade de cada produtor. Porém, o diretor da ASPNP não descarta a possibilidade de novos declínios na arroba quando as pastagens perderem capacidade de e. "Enxergamos baixa, mas nada absurdo, algo em torno de R$ 2 a R$ 3 reais", diz.

O problema é que os pecuaristas atravessam uma fase bastante conturbada e quaisquer descontos nos preços afetam significativamente a rentabilidade. "Hoje na média do MS - com o incremento do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) - o lucro do pecuarista está muito baixo. Em alguns casos chega a ficar negativo", ressalta Gratão.

Mas, a esperança segue no horizonte. A queda nos preços da reposição pode significar um custo menor no próximo ciclo e muitos pecuaristas têm apostado nisso como forma de recompor parte das perdas deste ano.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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