Especulações sobre uma safra recorde no Brasil travam mercado, mas compradores podem se surpreender quando colheita começar 64x1s
Diretamente da 3ª edição da Feira do Cerrado da Cooxupé, em Coromandel (MG), o presidente da cooperativa, Carlos Paulino, conversou com o Notícias Agrícolas sobre a falta de evolução dos preços do café no mercado internacional.
Para Paulino, o Brasil irá ter uma boa safra, mas esta não deve ser uma superssafra como se dissemina nas notícias internacionais. "Na difusão dessas notícias, o comprador está ganhando essa batalha", avalia o presidente.
Ele aponta que, quando a colheita tiver início, o mercado irá perceber que as estatísticas divulgadas pelos produtores são mais verdadeiras. Ele também acredita que as estimativas feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão mais próximas da realidade: em torno de 54 a 56 milhões de sacas, considerando que a safra do conilon no Espírito Santo é a maior responsável por este número.
O café ainda está sujeito à variação climática e isso ainda poderá trazer um impacto forte para os preços. O segundo fator depende dos produtores: Paulino recomenda que as vendas sejam feitas paulatinamente porque, se forem feitas de uma só vez, "o mercado não vai ar".