Em Unaí (MG), produtores iniciam plantio de feijão nas áreas irrigadas e preços seguem abaixo dos custos 206c36

Publicado em 03/05/2018 11:13
Saca do feijão carioca é cotada entre R$ 90,00 a R$ 100,00 na região e não cobre os custos de produção. Preços deveriam estar próximos de R$ 150,00 a R$ 170,00 a saca. Área semeada ficará entre 70 a 80 mil hectares nesta safra. Rendimento médio gira em torno de 45 a 55 sacas de feijão por hectare. No milho, lavouras estão sem chuvas há mais de 15 dias.
Valter Tomaz Correa - Diretor Agrícola do Sindicato Rural de Unaí/MG

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Acompanhamento de safra do feijão com Valter Tomaz Correa - Diretor Agrícola do Sindicato Rural de Unaí/MG 1d6c4c

 

 

Os produtores rurais já deram início ao plantio de feijão nas lavouras irrigadas na região de Unaí/MG. Contudo, as atuais referências do grão não cobrem os custos de produção.

Segundo o Diretor Agrícola do Sindicato Rural do município, Valter Tomaz Correa, de uma área aproximadamente de 70 a 80 mil hectares vão ser destinadas as lavouras irrigadas com o feijão apenas 30%. “Essa é uma área de rotação de cultura que reduz muito a incidência de pragas. Com isso, o produtor consegue colher entre 45 a 55 sacas por hectare”, afirma.

Em relação à sanidade das lavouras, o diretor salienta que com o vazio sanitário e a rotação de cultura o aparecimento de doenças e pragas vem diminuindo a cada temporada. A perspectiva é que a colheita do feijão deve começar a partir do fim do mês de maio.

Comercialização

Na localidade, as referências para a saca do feijão giram em torno de R$ 90,00 a R$ 100,00, tendo em vista que os preços nestes patamares não cobrem os custos de produção. “Infelizmente, na nossa região as lavouras precisam ser irrigadas, porém o valor ideal seria por volta de R$ 150,00 a R$ 170,00 a saca”, destaca.

Milho Safrinha

No caso do milho safrinha, a situação também é critica em função a estiagem que já dura mais de 15 dias e está comprometendo o potencial produtivo da cultura. “Quando o clima favorece, a produtividade do cereal chega a ser de 120 sacas do grão por hectare, mas com as adversidades climáticas as perdas vão ser entre 10 a 15 sacas/ha”, ressalta.

Por sua vez, o diretor acredita que a estiagem não vai impactar nos preços do milho que chegou a ser cotado a R$ 30,00. “Esses valores podem compensar o que vamos perder com a safrinha de  milho”, finaliza.

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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