Perspectivas de maior safra brasileira de café 2025 consolidam baixas nas bolsas internacionais no fechamento desta 3ª feira (20) 2j5o50

Publicado em 20/05/2025 16:49 e atualizado em 20/05/2025 23:27
Projeções mais otimistas pressionam os futuros

1j85s

Os preços do café fecharam a sessão desta terça-feira (20) registrando baixas nas bolsas internacionais.

Segundo o Barchart, os preços do café ficaram sob pressão devido à perspectiva de aumento da oferta global. Na segunda-feira (19), o Serviço de Agricultura Externa (FAS) do USDA previu que a produção do Brasil em 2025/26 aumentará 0,5%, para 65 milhões de sacas, e que a produção do Vietnã aumentará 6,9%, para 31 milhões de sacas.

Leia mais:

De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Fraga Moreira, por enquanto do lado fundamental nada mudou. Existe muito pouco café arábica disponível para novas vendas e o café recém colhido (tanto robusta quanto arábica) deverá começar a ser entregue/exportado apenas a partir do mês de junho. "O cenário mundial segue com estoques justos, com a produção mundial projetando um déficit contra o consumo mundial 
(novamente um déficit entre 9 a 17 milhões de sacas), e com a projeção para o índice estoque x consumo global no final de junho/26 ainda ficando praticamente zerado”, completou o analista para o portal Investing.

Informações da Hedgepoint apontam que a colheita do Brasil é fundamental para o mercado, já que o país responde por cerca de 40% do comércio global. Os estoques nos países consumidores estão se esgotando, pois os processadores compraram apenas o necessário em meio ao aumento dos preços.

Leia mais:

Em NY, o arábica fecha o pregão com baixa de 540 pontos no valor de 369,30 cents/lbp no vencimento de julho/25, uma queda de 505 pontos negociado por 366,40 cents/lbp no de setembro/25, e uma perda de 450 pontos no valor de 361,35 cents/lbp no de dezembro/25.

O robusta registra o recuo de US$ 70 nos contratos de maio/25 e julho/25 negociado por US$ 4,878/tonelada e US$ 4,903/tonelada, uma desvalorização de US$ 67 no valor de US$ 4,895/tonelada no de setembro/25, e uma baixa de US$ 64 cotado por US$ 4,859/tonelada no de novembro/25.

Mercado Interno

Segundo relatório da Hedgepoint Global Markets, a colheita brasileira de 2025 teve um início lento e os agricultores bem capitalizados não estão com pressa para vender os grãos.
"Alguns agricultores podem optar por esperar um pouco mais antes de aumentar o ritmo da colheita, dando mais tempo para a maturação, já que estão bem capitalizados", disse a analista de café da corretora, Laleska Moda.

Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 encerra o pregão em campos misto, registrando alta de 1,90% em Média Rio Grande do Sul no valor de R$ 2.415,00/saca, um aumento de 0,79% em Machado/MG no valor de R$ 2.550,00/saca, um recuo de 1,15% em Franca/SP negociado por R$ 2.570,00/saca, e uma queda de 1,18% em Varginha/MG no valor de R$ 2.520,00/saca. Já o Cereja Descascado registra baixa de 0,77% em Guaxupé/MG cotado por R$ 2.573,00/saca, e um recuo de 0,38% no valor de R$ 2.620,00/saca em Poços de Caldas/MG. 

 

Por: Raphaela Ribeiro
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 2612a

Preço do café arábica fecha sessão de 6ª feira (23) com leve alta, pressionado pela desvalorização do dólar index
Mesmo com os impactos climáticos, safra brasileira de café 2025/26 deve entregar boa qualidade
Café: Importações, exportações e produção; confira análises da Hedgepoint
Café em Prosa #212 - Barista se destaca e ganha o Desafio Koar Andradas/MG com o melhor método de preparo de café coado
Mapa divulga lista de marcas e lotes de café torrado impróprios para consumo
Colômbia prevê alta de 17,5% na safra de café 2024/25
undefined