Em Chicago, milho fecha 2ª feira em campo negativo com perdas no trigo e recuo nos embarques semanais 616i60
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram o pregão desta segunda-feira (24) em campo negativo. As principais posições do cereal encerraram o dia com perdas entre 3,75 e 4,25 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,48 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,58 por bushel. O maio/17 operava a US$ 3,65 por bushel. 4sra
Segundo dados das agências internacionais, as cotações do cereal foram pressionadas pelas perdas mais fortes registradas nos contratos do trigo. Por sua vez, os vencimentos da commodity acumularam quedas entre 9,25 e 12 pontos, uma desvalorização de mais de 2%.
Além disso, os embarques semanais do cereal ficaram, mais uma vez, abaixo das apostas do mercado, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 20 de outubro, os embarques do cereal somaram 541,527 mil toneladas.
Os investidores acreditavam em um número entre 900 mil a 1,1 milhão de toneladas do grão. O número também representa uma queda em relação à semana anterior, na qual foram embarcadas 879,101 mil toneladas. Já o acumulado da temporada está próximo de 8.356,998 milhões de toneladas do grão. Em igual período do ano anterior, o volume era de 4.765,504 milhões de toneladas de milho.
"No caso do milho, a demanda permanece boa, mas não está expressiva como no caso da soja. Dessa forma, os preços sentem uma maior pressão vinda do lado da oferta", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Paralelamente, a perspectiva é que o USDA indique a colheita completa em 56% da área plantada nesta temporada. Na semana anterior, o número era de 46%. O departamento atualiza as informações no final da tarde desta segunda-feira.
"Ainda do lado da oferta, temos a produção da Ucrânia. A geada recente não afetou a produção e a estimativa é que sejam colhidas entre 26 milhões a 27 milhões de toneladas do cereal no país. Com isso, teremos 1 milhão de toneladas a mais para a exportação", acredita Brandalizze.
Mercado interno
Nesta segunda-feira (24), os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa encerraram o pregão em campo negativo. As principais posições do cereal acumularam desvalorizações entre 0,33% e 1,78%. O vencimento novembro/16 era cotado a R$ 39,75 a saca, com perda de 1,12%. O janeiro/17 finalizou a sessão a R$ 40,20 a saca.
No mercado doméstico, a semana registrou ligeiras movimentações nesse início de semana. Em Ponta Grossa (PR), o preço voltou ao patamar de R$ 40,00 a saca, com alta de 5,26%. Já em Assis (SP), a queda foi de 8,33%, com a saca a R$ 32,24. Na região de Não-me-toque (RS), a cotação cedeu 2,56%, com a saca a R$ 38,00.
Em Mato Grosso, nas praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, os preços caíram 1,79%, com a saca a R$ 27,50. Em São Gabriel do Oeste (MS), a perda foi de 3,03%, com a saca a R$ 32,00. Já no Oeste da Bahia, a queda ficou em 1,15%, com a saca a R$ 43,00. No Porto de Paranaguá, a saca permaneceu estável em R$ 32,00.
Ainda na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o mercado segue com poucos negócios. "Os vendedores ainda esperam valores mais altos para negociar o produto, já os compradores estão abastecidos até dezembro. E também é preciso ressaltar que muitas empresas compraram trigo para a utilização na fabricação de ração", diz.
O consultor ainda destaca que, há uma calmaria no mercado após a aprovação do uso de novas variedades transgênicas dos EUA no país. "Está tudo muito quieto em relação às importações, acreditamos que algumas empresas têm realizado alguns negócios e que esse milho pode chegar ainda ao país em novembro. O produtor também deve estar atento, pois a partir de janeiro teremos a safra de verão entrando no mercado", alerta Brandalizze.
Dólar
A moeda norte-americana caiu 1,26% nesta segunda-feira (24) e encerrou o pregão a R$ 3,1207 na venda, menor patamar de fechamento desde 2 de julho de 2015. De acordo com a agência Reuters, o dólar foi pressionado "pelas fortes expectativas de entrada de recursos externos".
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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