Mercado cafeeiro deve encontrar mais estabilidade nos preços com a entrada da safra 25/26 1n2au
Mercado cafeeiro deve encontrar mais estabilidade nos preços com a entrada da safra 25/26 1n2au
O mercado cafeeiro encerra a sessão desta quarta-feira (19) com altas moderadas nas bolsas internacionais, sustentadas pela queda acentuada dos estoques monitorados pela ICE.
De acordo com o Barchart, os estoques de café arábica registraram uma queda de 8% em um único dia para 758.514 sacas na terça-feira (18), de 824.783 sacas totalizadas na segunda-feira (17). Já do robusta caíram para uma baixa de um mês e meio de 4.297 lotes na terça-feira, e se recuperaram um pouco nesta quarta para 4.355 lotes.
Para o analista de mercado e diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, a queda dos estoques é significativa e tem peso sobre a demanda e as exportações, mas neste momento as intempéries climáticas estão trazendo mais preocupação aos produtores com relação a produtividade da safra 25/26.
Segundo Haroldo, teremos uma estabilidade dos preços com a entrada dessa safra, e até lá o mercado deve seguir pressionado e volátil.
Relatório divulgado pela Pine Agronegócios aponta um potencial produtivo para o arábica na safra 25/26 de 36.462M de sacas, demonstrando uma redução devido aos problemas climáticos em 2024, o baixo pegamento em muitas áreas, somado a quantidade de áreas em poda. No caso do conilon/robusta, o bom pegamento e as condições climáticas até o momento trazem a expectativa de uma safra de 23.290M de sacas, sendo esse número ainda abaixo do potencial produtivo devido a falta de chuvas durante a formação dos chumbinhos. A produção de Conilon em partes compensará a menor safra do Arábica, e pode trazer uma mudança no blend para as torrefações locais.
Em NY, o arábica encerra a sessão com queda de 110 pontos no valor de 417,90 cents/lbp no contrato de março/25, um aumento de 665 pontos no valor de 411,90 cents/lbp no de maio/25, um ganho de 700 pontos negociado por 397,30 cents/lbp no de julho/25, e uma alta de 625 pontos no valor de 383,05 cents/lbp no de setembro/25.
Já o robusta registra alta de US$ 18 no valor de US$ 5.756/tonelada no vencimento de março/25, um aumento de US$ 25 no valor de US$ 5.746/tonelada no de maio/25, um ganho de US$ 23 negociado por US$ 5.701/tonelada no de julho/25, e um avanço de US$ 24 no valor de US$ 5.633/tonelada no de setembro/25.
Mercado Interno
O analista da Pharos Consultoria destaca que o fluxo de oferta e demanda, de precificação frente a ausência de café vêm trazendo muita insegurança ao produtor, que está optando por agir com mais cautela nas negociações futuras.
Diante da boa alta em NY nesta quarta, os produtores aproveitaram o cenário positivo para realizar maiores negociações, conforme informações da Safras & Mercado.
O Café Arábica Tipo 6 fecha o pregão com alta de 4,28% no valor de R$ 2.680,00/saca em Machado/MG, um aumento de 2,96% em Franca/SP no valor de R$ 2.780,00/saca, e um ganho de 2,35% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.616,00/saca. Já o Cereja Descascado registra alta de 2,28% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.695,00/saca, um ganho de 1,82% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.800,00/saca, e um aumento de 1,79% no valor de R$ 2.850,00/saca em Espírito Santo do Pinhal/MG.
0 comentário 5m3a5l

Colheita de café do Brasil atinge 20% do total e se aproxima da média, diz Safras & Mercado

Nova safra de café robusta consolida os preços mais baixos no fechamento da sessão desta 6ª feira (30)

Expocacer adota gestão preventiva para driblar os gargalos logísticos dos portos brasileiros

Colheita de café na Alta Mogiana segue lenta, com produtores aguardando melhor maturação do grão

Mapeamento de qualidade de café auxilia cafeicultores na identificação de cafés especiais no Cerrado Mineiro

ICE mudará precificação de contratos de café arábica para toneladas métricas