Dólar fecha no menor valor do ano no Brasil com foco em pacote fiscal e exterior 5v6k32
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Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Após retomar o patamar de R$5,60 pela manhã, o dólar perdeu força e fechou o dia em leve baixa, dividido entre o recuo da moeda norte-americana no exterior e o noticiário sobre as medidas fiscais a serem propostas pelo governo Lula em substituição à alta do IOF.
O dólar à vista fechou o dia em leve baixa de 0,13%, aos R$5,5626, renovando o menor valor de fechamento para o ano de 2025. Este também é a menor cotação de fechamento desde 8 de outubro do ano ado, quando terminou em R$5,5334.
Em 2025, a divisa dos EUA acumula perdas de 9,98%.
Às 17h25, na B3, o dólar para julho -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,11%, aos R$5,5860.
No exterior, em meio a negociações comerciais entre Estados Unidos e China, o dia foi de queda do dólar ante a maior parte das demais divisas. Isso também trouxe um viés negativo para a relação dólar/real ao longo da sessão, mas no Brasil a volatilidade foi maior em função do pacote de medidas fiscais que vem sendo formulado pelo governo e negociado com o Congresso.
No domingo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter chegado a um acordo com líderes do Congresso para "recalibrar" o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no mês ado.
Entre as medidas previstas estão a cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre títulos atualmente isentos, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e debêntures incentivadas, que servem de funding para atividades do agronegócio, construção e investimentos em infraestrutura.
Outra proposta prevê a elevação de 12% para 18% da taxa sobre o faturamento de empresas de aposta (bets) após a dedução dos prêmios pagos aos vencedores e do IR.
Além disso, o governo vai propor uma alíquota unificada de 17,5% de IR sobre rendimentos de aplicações financeiras -- incluindo ações e renda fixa. Atualmente as alíquotas podem variar de 15% a 22,5%, dependendo do ativo e do prazo de aplicação.
No domingo, Haddad afirmou ainda que governo e Congresso concordaram em discutir uma redução mínima de 10% nos incentivos tributários que não estão definidos na Constituição.
A falta de detalhes sobre como funcionaria de fato a redução de incentivos tributários e sobre como ficarão as alíquotas de IOF após a recalibragem manteve os investidores cautelosos.
No mercado à vista de câmbio, o dólar chegou a marcar a cotação mínima de R$5,5516 (-0,33%) às 9h07, pouco depois da abertura, mas rapidamente subiu à máxima de R$5,6000 (+0,54%) às 10h29, em meio ao noticiário sobre as medidas.
No restante do dia, porém, o viés negativo vindo do exterior voltou a pesar sobre o dólar, com investidores evitando se posicionar em uma direção específica até que fique mais claro o efeito do pacote do governo sobre os ativos financeiros e as contas públicas.
No exterior, às 17h20 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,13%, a 98,985. A moeda norte-americana também recuava ante o iene, o euro a libra.
Pela manhã o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de julho de 2025.
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