Os preços do cereal foram impulsionados pela forte alta observada na moeda norte-americana. O câmbio fechou a sessão desta quarta-feira com forte alta, de 1,78%, negociado a R$ 2,7420 na venda. Esse é o maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005. Na máxima do dia, o câmbio chegou a R$ 2,7490. Conforme informações da agência Reuters, o dólar encontrou e na queda do petróleo e a expectativa de que os juros nos Estados Unidos deverão subir em meados desse ano.
De acordo com os analistas, o mercado tem acompanhado a movimentação do dólar. E, somente a partir desse mês irá começar a focar as especulações em relação à safrinha de milho. Ainda há muitas incertezas sobre a segunda safra devido ao atraso no plantio da safra de verão, que estreitou a janela ideal de cultivo do milho.
Em muitas localidades, especialmente no Centro-Oeste, a expectativa é de redução na área destinada ao grão e também, nos investimentos. Em Nova Mutum (MT), o cenário é o mesmo. “A grande maioria dos produtores não estão otimistas em relação à safrinha. Então, essa é uma grande preocupação e, segundo os meteorologistas, esse ano, as chuvas deverão ficar abaixo da média do registrado em 2014. Sem contar que, os preços não são animadores”, explica o presidente do Sindicato Rural do município, Luiz Carlos Gonçalves. Na região, a saca do milho é negociada entre R$ 15,00 a R$ 16,00.
Mercado interno
No mercado interno, o dia também foi de pouca negociação. Nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, a quarta-feira foi de estabilidade. Em Cascavel (PR), o preço registrou alta de 2,50%, com a saca negociada a R$ 20,50. Na região de Jataí (GO), a cotação exibiu ligeiro ganho de 0,15% e saca era negociada a R$ 19,83.
Já em Tangará da Serra (MT), o preço recuou expressivamente, em torno de 16,67%, com a saca cotada a R$ 15,00. No Porto de Paranaguá, o preço ficou estável em R$ 29,50, para entrega em outubro de 2015.
Bolsa de Chicago
No mercado internacional, as cotações futuras do milho devolveram parte dos ganhos registrados na sessão anterior. As principais posições do milho fecharam a sessão desta quarta-feira com perdas entre 2,00 e 2,25 pontos. O vencimento março/15 era negociado a US$ 3,83 por bushel.
Assim como nos futuros da soja, a queda do petróleo, observada hoje, também refletiu no mercado do cereal. Paralelamente, os investidores observam a situação confortável entre a oferta e demanda mundial, fator negativo aos preços da commodity.
Ainda hoje, a AIE (istração de Informação e Energia) indicou a produção de etanol nos EUA mais restrita. Até a semana encerrada no dia 30 de janeiro, a média de produção do etanol ficou em 948 mil barris por dia. O número representa uma queda de 3% em relação à semana anterior.
Veja como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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