De acordo com o analista de mercado da Labhoro Corretora, Tiago Delano, o mercado ou por um ajuste técnico no pregão de hoje. "É um ajuste registrado entre os preços praticados no mercado físico com o Indicador Cepea/Esalq e o que não vinha acontecendo", destaca o especialista. O Indicador caiu 3,29% e encerrou o dia a R$ 33,19 a saca.
Além disso, o analista ainda reforça que os preços já vinham sendo pressionados pela chegada da safra de verão ao mercado. E também pela perspectiva de uma grande safrinha no Brasil. As projeções oficiais estimam a produção do Brasil nesta temporada em pouco mais de 90 milhões de toneladas.
Somado a esse cenário, as informações sobre a Operação Carne Fraca também acabam influenciando negativamente. "As informações ainda são analisadas pelos participantes do mercado", destaca o analista. Em recente entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, afirmou que o cenário pode afetar a demanda vinda do setor de rações.
A longo prazo, Delano pondera que dois pontos ainda precisam ser observados pelos produtores rurais. "O primeiro é o comportamento do dólar que deverá impactar nas exportações de milho do país. E o segundo, é a especulação sobre o clima ao longo do desenvolvimento da safrinha", diz.
Já no mercado interno, o dia foi de ligeira movimentação aos preços do cereal. Conforme levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em São Gabriel do Oeste (MS), o valor subiu 4,00%, com a saca a R$ 26,00. Por outro lado, no Oeste da Bahia, a perda foi de 1,49%, com a saca a R$ 33,00.
Em Assis (SP), o preço cedeu 1,85%, com a saca a R$ 26,50. Na região de Campinas (SP), o valor caiu 1,18%, com a saca a R$ 33,60 e no Porto de Paranaguá, a queda foi de 1,69%, com a saca a R$ 29,00.
Bolsa de Chicago
Pelo terceiro dia seguido, os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. Durante a sessão desta quarta-feira, as cotações do cereal ampliaram as perdas e finalizaram o dia com desvalorizações de mais de 2 pontos. O contrato maio/17 era cotado a US$ 3,58 por bushel, enquanto o julho/17 era negociado a US$ 3,66 por bushel.
"O milho permaneceu sobre pressão das previsões de safras benéficas para a América do Sul, em especial o Brasil. Os preços do milho atingiram uma baixa de sete semanas", destacou o site da Reuters internacional.
As consultorias também destacam que os preços da commodity têm trabalhado de maneira técnica nos últimos dias. Paralelamente, os analistas internacionais ainda ponderam que nem mesmo os bons dados vindos do lado demanda têm conseguido dar e aos preços do cereal.
A perspectiva é que a partir de agora o foco dos participantes do mercado se volte ao planejamento e o plantio da nova safra americana.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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