Ibovespa fecha quase estável após acordo EUA-China p3g13
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou praticamente estável nesta segunda-feira, a despeito do desempenho robusto das blue chips Vale e Petrobras, após um acordo comercial entre China e Estados Unidos amenizar temores de recessão na economia global.
A trégua na disputa tarifária entre as duas maiores economias do mundo trouxe questionamentos sobre eventual enfraquecimento no movimento de rotação global de recursos que vinha estimulando a tomada de risco no mercado brasileiro, abrindo espaço para realização de lucros na bolsa paulista.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,04%, a 136.563,18 pontos, após alcançar 137.519,33 pontos na máxima -- perto do topo histórico intradia de 137.634,57 pontos, marcado na semana ada -- e 136.355,93 pontos na mínima do dia.
O volume financeiro somou R$24,4 bilhões.
Buscando encerrar uma guerra comercial que alimentou temores de recessão e abalou os mercados financeiros, o governo norte-americano reduzirá tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30% e as taxas chinesas sobre as importações dos EUA cairão de 125% para 10%.
As novas medidas terão validade por 90 dias, conforme comunicado conjunto divulgado pelas duas maiores economias do mundo nesta segunda-feira, após reuniões em Genebra no fim de semana por representantes de Washington e Pequim.
"O acordo ajuda a sustentar o otimismo quanto a um arrefecimento da recente disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, que ameaçou as perspectivas de crescimento global", afirmou a equipe da XP Investimentos.
Analistas do JPMorgan afirmaram que o desfecho das negociações no fim de semana foi "surpreendentemente positivo", destacando que a "magnitude da redução temporária das tarifas é maior do que a esperada", conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira.
Em Wall Street, o S&P 500, umas das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 3,26%.
O pregão na B3 fechou com agentes financeiros na expectativa de uma bateria de resultados corporativos ainda nesta segunda-feira, incluindo os números de Petrobras, Sabesp, Natura&Co e IRB(Re). Antes da abertura, o BTG Pactual apresentou seu balanço.
DESTAQUES
- VALE ON subiu 2,51%, acompanhando a reação dos preços futuros do minério de ferro na China ao acordo entre Washington e Pequim para reduzir temporariamente tarifas recíprocas. O contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 3,16%.
- PETROBRAS PN valorizou-se 2,39%, apoiada pela alta do petróleo no exterior, onde o barril de Brent avançou 1,64%, enquanto agentes aguardam o balanço da estatal após o fechamento do mercado. A média de projeções de analistas compiladas pela LSEG aponta lucro líquido de R$31,7 bilhões.
- BTG PACTUAL UNIT cedeu 2,6%, apesar do balanço do primeiro trimestre, com receita de R$6,837 bilhões e lucro líquido ajustado de R$3,367 bilhões, ambos recordes, enquanto o retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE) ajustado aumentou para 23,2%. Os papéis haviam subido nas três sessões anteriores, acumulando no período uma valorização de mais de 9%.
- BANCO DO BRASIL ON recuou 1,56%, tendo no radar adiamento da divulgação do balanço prevista para esta segunda-feira para a quinta-feira. No setor, após uma semana positiva, ITAÚ PN caiu 2,01%, BRADESCO PN cedeu 1,46%, SANTANDER BRASIL UNIT perdeu 0,73%.
- BRASKEM PNA avançou 6,05%, com agentes também repercutindo a divulgação na madrugada de sábado pela petroquímica de lucro líquido de R$698 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo um prejuízo de R$1,35 bilhão no mesmo período do ano ado.
- MINERVA ON subiu 2,22%, com o noticiário incluindo acordo de leniência assinado com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), que prevê pagamento de R$22 milhões pela companhia à União, em decisão com base na lei Anticorrupção por eventos anteriores a 2018.
- IRB(RE) ON fechou em queda de 4,51% antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre, prevista para após o fechamento.
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