Consumo nos Lares Brasileiros cresce 1,25% em abril, aponta ABRAS 2o1c4j

Publicado em 29/05/2025 11:59
AbrasMercado: preços da cesta de 35 produtos de largo consumo sobem 10,83% em 12 meses

O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 1,25% em abril, comparado a março, conforme monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Frente ao mesmo mês de 2024, o avanço foi de 2,63%. De janeiro a abril, o indicador acumula alta de 2,52%. Todos os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) e abrangem todos os formatos de supermercados. 481354

Segundo Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, “embora o crescimento de 1,25% em abril, influenciado pela sazonalidade da Páscoa, possa parecer modesto, ele ocorreu sobre uma base comparativa elevada, já que, em março, o consumo avançou expressivamente 6,96%. Esse resultado atípico no mês anterior reduziu o espaço para um crescimento mais robusto. Ainda assim, o consumo na semana da Páscoa cresceu 16,5%, evidenciando o impacto positivo da data no consumo das famílias”.

Entre os recursos extras que movimentaram a economia e deram e ao consumo em abril estão: a liberação escalonada de R$ 12 bilhões via Saque-Aniversário do FGTS; a distribuição de valores do Programa Pé-de-Meia; o ree de recursos do Bolsa Família, que destinou R$ 13,66 bilhões a 20,48 milhões de famílias; o pagamento do Auxílio-Gás, com transferência de R$ 580,46 milhões para 5,37 milhões de famílias; a continuidade do saque do PIS/Pasep, com previsão de liberação de R$ 30,7 bilhões ao longo de 2025; e a liberação de R$ 2,8 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) do INSS, realizada pelo Conselho da Justiça Federal (CJF). Adicionalmente, teve início o pagamento da antecipação da primeira parcela do 13o salário para aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS, contemplando cerca de 34,2 milhões de segurados, entre os dias 24 de abril e 8 de maio.

Além dos estímulos já mencionados, medidas previstas para este semestre devem continuar impulsionando o consumo das famílias, como o reajuste dos servidores públicos federais, com montante estimado de R$17,9 bilhões pagos em maio, e o pagamento do primeiro lote de restituição do Imposto de Renda, que soma cerca de R$ 11 bilhões para 6,25 milhões
de contribuintes.

AbrasMercado: preços da cesta de 35 produtos sobem 10,83% em 12 meses, com avanço de 0,82% em abril

Em abril, o AbrasMercado — indicador que mede a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo — registrou alta de 0,82% na média nacional. O valor da cesta ou de R$ 812,54 em março para R$ 819,20. Em 12 meses, a variação acumulada é de
10,83%.

Entre os produtos básicos que mais contribuíram para o avanço mensal, destacam-se o café torrado e moído (+4,48%), o feijão (+2,38%) e o leite longa vida (+1,71%). Em contrapartida, alguns itens apresentaram retração: o arroz (-4,19%), a farinha de mandioca (-1,91%) e o óleo de soja (-0,97%). Além dos produtos básicos, os itens de hortifrúti também exerceram pressão sobre o índice, com altas expressivas na batata (+18,29%), tomate (+14,32%) e cebola (+3,25%).

Os preços das proteínas animais apresentaram pequenas oscilações entre os diferentes itens: carne bovina dianteiro (+0,11%) e traseiro (-0,03%); frango congelado (+0,38%); ovos (-1,29%) e pernil (-0,64%).

Entre os lácteos, os aumentos foram registrados no leite longa vida (+1,71%), leite em pó (+1,08%) e margarina cremosa (+1,46%).

No grupo de higiene e limpeza, o comportamento foi predominantemente de alta: o creme dental (+1,70%), papel higiênico (+0,63%), sabonete (+0,31%) e o xampu (+1,11%). Na limpeza doméstica, a água sanitária avançou (+1,29%), o desinfetante (+0,84%) e o sabão em pó (+0,28%), enquanto o detergente líquido para louças apresentou leve queda de 0,07%.

Análise regional

Na análise por regiões, Norte e Centro-Oeste apresentaram alta de 0,96% cada: no primeiro, o valor ou de R$ 874,30 para R$ 882,70; e no segundo, de R$ 767,57 para R$ 774,96.
No Nordeste, a variação foi de 0,78%, com a cesta subindo de R$ 723,43 para R$ 729,09.

Já no Sudeste, o aumento foi de 0,68%, ando de R$ 831,96 para R$ 837,59. A menor variação foi registrada no Sul, com uma elevação de 0,62% e o preço da cesta avançando de R$ 896,55 em março para R$ 902,09 em abril.

Cesta de 12 produtos básicos sobe 0,32% em abril

No recorte da cesta de alimentos básicos — composta por 12 itens — o preço médio nacional apresentou alta de 0,32% em abril, ando de R$ 351,42 para R$ 352,55. Em 12 meses, a cesta acumula alta de 13,38%.

O principal destaque foi o café torrado e moído (+4,48%), seguido pelo feijão (+2,38%), leite longa vida (+1,71%), margarina cremosa (+1,46%), massa sêmola de espaguete (+0,92%) e farinha de trigo (+0,81%). Por outro lado, os maiores recuos foram registrados no arroz (-
4,19%), na farinha de mandioca (-1,91%) e no óleo de soja (-0,97%).

Na análise regional, a maior elevação foi verificada no Sudeste (+0,80%), com o preço da cesta atingindo R$ 366,45. Em seguida, ficou o Centro-Oeste, com alta de 0,70% e preço médio de R$ 348,53.

No Sul, a variação foi de 0,61%, com o valor atingindo R$ 381,84.Já o Nordeste apresentou alta de 0,49%, com o valor médio chegando a R$ 305,44. No Norte, observou-se uma leve retração de 0,05%, com a cesta encerrando o mês em R$ 419,00.

Capitais e regiões metropolitanas:

Em abril, as capitais e regiões metropolitanas apresentaram as seguintes médias para a cesta de 12 produtos: No Norte, os maiores valores foram registrados em Belém, com
R$ 419,85, e Rio Branco, com R$ 418,15.

No Sul, os preços em Porto Alegre chegaram a R$ 380,11 e, em Curitiba, a R$ 383,58.

No Sudeste, o Rio de Janeiro registrou valor médio de R$ 368,66, seguido por São Paulo, com R$ 364,40, Grande Vitória, com R$ 366,77, e Belo Horizonte, com R$ 365,96.

No Centro-Oeste, os preços variaram de R$ 345,76 em Brasília, R$ 347,98 em Goiânia e R$ 351,84 em Campo Grande. As menores médias continuam concentradas no Nordeste, onde
São Luís apresentou valor de R$ 307,22, Salvador de R$ 301,83, Recife de R$ 304,31, Aracaju de R$ 305,10 e Fortaleza de R$ 308,73.

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Fonte:
ABRAS

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