Dólar oscila pouco após dados de emprego nos EUA dentro do esperado; mercado de olho em IOF 4a6s24
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Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta sexta-feira, a caminho de fechar a semana em baixa, conforme os investidores reagiam a dados de emprego dentro do esperado nos Estados Unidos que atenuaram parcialmente temores sobre os impactos das tarifas do presidente Donald Trump sobre a atividade econômica.
Às 9h53, o dólar à vista caía 0,15%, a R$5,5785 na venda. Na semana, a moeda acumula queda de 2,5%.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,15%, a R$5,604 na venda.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 1,03%, a R$5,5871.
O governo norte-americano informou mais cedo que foram abertas 139.000 vagas de emprego no país em maio, em uma desaceleração em relação aos 147.000 empregos criados no mês anterior, mas um pouco acima projeção em pesquisa da Reuters de 130.000 vagas.
O resultado veio na contramão da tendência de outros dados fracos sobre a economia dos EUA nesta semana, que haviam acirrado as preocupações de investidores e economistas com o impacto da política comercial errática de Trump sobre a atividade.
Desde que o presidente anunciou suas tarifas do "Dia da Libertação" em 2 de abril, analisam apontam que os EUA podem ser o país mais prejudicado pelas taxas de importação, com uma chance considerável de uma recessão. No primeiro trimestre, a economia contraiu a uma taxa anualizada de 0,2%.
Em meio a esse cenário, e diante de incertezas sobre as negociações comerciais dos EUA com parceiros, os investidores têm optado por reduzir sua exposição em ativos em dólares e projetado cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, dois fatores baixistas para a divisa dos EUA.
Os números desta sexta, entretanto, mantinham os agentes refratários a grandes apostas em qualquer direção, impactando na pouca volatilidade no mercado de câmbio brasileiro.
Operadores continuavam a precificar dois cortes de 25 pontos-base pelo Fed neste ano, com o primeiro ocorrendo em setembro. A probabilidade do segundo corte caiu abaixo de 100%, mas ainda se mantém alta.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,44%, a 99,111, recuperando algumas das fortes perdas da semana na esteira dos dados fracos dos EUA.
Agora os investidores aguardam novidades sobre as negociações dos EUA com parceiros a fim de projetar qual será o panorama das tarifas de Trump daqui para frente.
Na cena doméstica, o mercado entrará no fim de semana atento às notícias sobre as discussões entre governo e Congresso em relação ao decreto do Executivo que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que terá uma reunião com lideranças partidárias no domingo para apresentar as alternativas à medida que gerou grande insatisfação entre os parlamentares.
"Os investidores se mantêm em como de espera, podem fazer algum ajuste de posição enquanto aguardam pelo fim de semana, quando está programada a reunião da equipe econômica com os líderes partidários", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
"Eles monitoram para ver qual vai ser o desfecho dessa questão do aumento do IOF", completou.
Os investidores temem que a recente queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa levar o governo a adotar medidas que aumentem os gastos e gerem mais pressão sobre a dívida pública.
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