Variação cambial e projeções da safra brasileira ampliam queda no mercado do açúcar e maio/25 perde 3,57% 2v3z1r
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Ao longo desta quinta-feira (27), a variação cambial foi favorável ao dólar, que está cotado a R$ 5,82. Em poucos dias, a moeda norte-americana valorizou 10 centavos de real, o que pode incentivar as usinas brasileiras a aumentarem sua participação no mercado externo. Além disso, as projeções para a safra brasileira indicam um desempenho positivo dos canaviais, mesmo com os desafios herdados de 2024, como a estiagem prolongada e as queimadas que afetaram diversas regiões produtoras. Diante desse cenário, o mercado reage negativamente e aprofunda as perdas registradas ao longo da manhã. O contrato maio/25 é negociado a 18,89 cents de dólar por libra-peso, uma queda de 3,57%.
Os preços do açúcar já vinham em movimento defensivo desde quarta-feira, após a Czarnikow projetar que a produção de açúcar no Brasil para a safra 2025/26 pode alcançar um recorde de 43,6 milhões de toneladas métricas (MMT). Segundo a empresa, a produção de açúcar se mantém mais lucrativa do que a de etanol, o que pode levar as usinas a direcionarem maior parte da cana para o adoçante.
Além disso, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) elevou sua estimativa de déficit global de açúcar para 2024/25, ando de -2,51 MMT, previsto em novembro, para -4,88 MMT. Isso representa um aperto no mercado em relação ao superávit de 1,31 MMT registrado em 2023/24. A ISO também revisou para baixo a previsão de produção global, reduzindo de 179,1 MMT para 175,5 MMT.
No Brasil, o mercado interno seguiu em direção oposta ao exterior. Segundo o Indicador Cepea/Esalq (USP), as cotações do açúcar cristal registraram alta. A saca de 50 kg foi negociada a R$ 141,82 na quarta-feira, contra R$ 139,94 no dia anterior, uma valorização de 1,34%. Após dois dias consecutivos de desvalorização, o etanol hidratado apresentou leve recuperação na quarta-feira. Segundo o Indicador Diário Paulínia, o biocombustível foi comercializado pelas usinas a R$ 2.949,00 por metro cúbico, frente aos R$ 2.944,00 da véspera, um aumento de 0,17%.
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