Com pivô central, usina paulista supera seca e aumenta produtividade da cana em 86% 671124
A Usina Lins, localizada no interior paulista, está colhendo os frutos de uma aposta estratégica: irrigação por pivô central para garantir produtividade mesmo sob estiagens severas. O resultado não poderia ser mais expressivo, ganhos de até 86% na produtividade dos canaviais, mesmo durante períodos de seca. 15p22
Após instalar seu primeiro sistema Valley em 2023, cobrindo 78 hectares, a empresa ampliou o uso da tecnologia em 2024 com mais 165 hectares. A projeção é chegar a 900 hectares irrigados até o fim de 2025 e alcançar, no futuro, 10 mil hectares com irrigação deficitária.
“Com o pivô central conseguimos quase dobrar a produção de açúcar por hectare. Isso com uma seca severa. O sistema oferece segurança operacional, manejo preciso e retorno econômico em cerca de 4,5 anos”, afirma Victor Araujo, especialista em irrigação da Usina Lins.
De acordo com a equipe técnica da usina, o pivô central foi escolhido por sua uniformidade de aplicação, menor necessidade de mão de obra e investimento por hectare mais competitivo que outros modelos. O sistema também facilita o uso racional de água e fertilizantes. “Além dos ganhos de produtividade, reduzimos o risco de quebra de safra. É uma ferramenta estratégica para estabilidade e longevidade dos canaviais”, afirma Rodrigo Corrêa, diretor agrícola da usina.
Além da estrutura física, a Usina Lins adotou o Scheduling, tecnologia que orienta o uso dos pivôs com base em dados agrometeorológicos e umidade do solo, otimizando o uso da água. “É a irrigação sendo usada com inteligência. Decidimos com precisão quando aplicar, quanto aplicar e como manter a cultura em seu melhor desempenho”, completa Araujo.
Para a Valley, empresa fornecedora do sistema, o caso da Usina Lins mostra como a irrigação por pivô central pode ser um divisor de águas para o setor. “A Usina Lins é um exemplo de gestão moderna e sustentável. Investiu em tecnologia, adaptou seu manejo e já colhe os benefícios. O caminho para o futuro do agro a pela irrigação”, afirma Pedro Ribeiro, supervisor de contas-chave da Valmont.
Com clima cada vez mais instável, a irrigação tende a ser um dos pilares da segurança produtiva no campo. Para o setor sucroenergético, ela representa maior estabilidade, melhor aproveitamento de insumos e retorno econômico mensurável.
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