Mercado do boi perde força e novo patamar de preços pode estar abaixo dos R$270,00/@ 6a4jf
As referências para arroba do boi gordo têm perdido força nas últimas semanas e o patamar de preços está em torno de R$ 270,00/@. O indicador Boi Gordo Esalq/B3 registrou um recuo de 4,28% no fechamento da última terça-feira (01) e está precificado a R$ 271,60/@.
“Houve esse reajuste mais brusco e está em patamares mais próximos da referência da Scot Consultoria. O Cepea tem a metodologia deles que acaba gerando movimentos mais intensos de um dia para o outro”, informou o analista da Scot Consultoria, Hyberville Neto.
Segundo o levantamento da Scot Consultoria, os preços da arroba em São Paulo registraram mais um recuo e está precificada a R$ 269,00/@, à vista e livre de impostos. “Os frigoríficos estão testando o mercado que segue com baixa disponibilidade de animais. No entanto, a oferta de gado disponível é suficiente para atender o nível das escalas nas indústrias, que estão pulando dias de abate”, comenta.
No curto prazo, a tendência é que o mercado do boi gordo deve seguir com preços pressionados com a ausência de negócios depois da segunda quinzena do mês. Para o mês de janeiro, a expectativa é que os negócios fiquem mais calmos já que as indústrias contam estoques do final de ano e os pecuaristas fora das compras.
As margens das indústrias frigoríficas ficaram mais atrativas após a desvalorização da arroba nos últimos dias. “Nós temos uma margem de 15,7% para os frigoríficos que vendem a carcaça casada no mercado doméstico e 10,4% para a venda de carne desossada, mas é uma margem historicamente apertada”, informou.
Projeções 2021
A Scot Consultoria projeta um aumento de oferta de animais para o próximo ano, mas não ao ponto de pressionar os preços da arroba no mercado interno. “Nós devemos sentir os efeitos de uma retenção de fêmeas, e provavelmente, a safra do próximo ano não terá uma grande pressão de final da seca como foi em 2020”, afirma.
Já com relação aos custos de produção, a estimativa é que fiquem elevados com os animais de reposição e alta na alimentação. “Nós não acreditamos em uma queda importante nos valores da reposição e deve um ano de preços justos para a categoria. Para o ano que vem, o nível de relação de troca deve seguir apertado e a reposição não deve ser um grande estímulo ao confinamento”, aponta.
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