Homenagem do CNC ao trabalhador e à trabalhadora no café 4fwj
O Brasil é feito de gente que trabalha. E no coração do campo, entre lavouras que carregam histórias centenárias, está o trabalhador e a trabalhadora da cafeicultura. Pessoas que, com esforço diário, atua no apoio à transformação do fruto em esperança, gera renda, alimenta economias e constrói o sustento de milhares de famílias. Nesta homenagem, o Conselho Nacional do Café (CNC) reverencia cada homem e mulher que faz da cafeicultura brasileira uma referência mundial de qualidade, sabor inigualável, tradição e, acima de tudo, elo de aproximação entre as pessoas. 6222v
Em cada etapa da produção — do plantio à colheita, do beneficiamento à comercialização — está a marca do trabalho digno, do suor que impulsiona a sustentabilidade social do campo. Reconhecer essa força é mais que um gesto simbólico: é um compromisso que une governo, cooperativas, sindicatos, empregadores (as) e empregados (as), entidades de classe e organizações internacionais em torno de uma missão comum: valorizar as pessoas.
Nos últimos anos, essa união de esforços tem se consolidado em ações concretas, como o Pacto Nacional do Café pelo Trabalho Decente, firmado em 2023, de forma tímida, melhorado em 2024 e que prepara ainda mais novidades para 2025.
Essa ação já é reconhecida como uma das mais importantes políticas públicas para o setor rural. Resultado de escuta ativa, diálogo constante e construção coletiva, os pactos tem promovido avanços expressivos na formalização dos trabalhadores (as) safristas, no combate às práticas abusivas e na promoção de condições adequadas e seguras de trabalho em todas as regiões produtoras do país.
Esse movimento só é possível porque há uma convergência de compromissos. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com liderança do ministro Luiz Marinho e sua equipe, tem se mostrado sensível e atuante, ouvindo o setor produtivo, respeitando a realidade do campo e propondo soluções viáveis. O CNC, por sua vez, atua como um dos elos entre o governo e a base produtiva, levando propostas, sugestões e informações que contribuem para a construção de políticas públicas eficientes, equilibradas e justas. Vale destacar que o Brasil tem a legislação trabalhista mais rígida do mundo.
Exemplo disso, foi o último encontro entre o MTE e o CNC, que gerou a apresentação de propostas de inclusão no Pacto 2025, sendo elas:
- - Dupla visita do auditor fiscal: Em casos de menor gravidade – que não firam a dignidade humana -, permitir uma segunda visita de averiguação das inconformidades, por ventura encontradas, antes da aplicação de sanções;
- - Facilidade na contratação interestadual: Redução da burocracia para issão de trabalhadores (as) de diferentes estados;
- - Responsabilização das duas partes (contratante/contratado) pelo uso do EPI, quando o mesmo for entregue devidamente e em condições plenas de uso;
- - Criação de canal de denúncia: Mecanismo para que empregadores possam relatar trabalhadores (as) que se recusam a a carteira por serem beneficiários do Bolsa Família, o que poderia levar à exclusão desses trabalhadores (as) do programa assistencial;
- - Normatização do trabalho educativo dos auditores fiscais: Incentivo a abordagens preventivas e educativas nas fiscalizações;
- - Criação de Núcleos Intersindicais de Conciliação Trabalhista: Estrutura voltada à solução extrajudicial de conflitos, envolvendo sindicatos de trabalhadores (as) e empregadores (as), advogados mediadores e representantes das partes, reduzindo a judicialização de disputas trabalhistas.
Propomos um sistema que busca não apenas fiscalizar, mas educar, prevenir, construir pontes e garantir segurança jurídica tanto para quem emprega quanto para quem trabalha.
Cumpre dizer que as cooperativas de café são protagonistas nesse processo. Após o país pacificar a questão ambiental, criando o Código Florestal, o agro brasileiro tem desenvolvido programas de sustentabilidade robustos. Assim, as cooperativas agrícolas promovem capacitação, orientação técnica e acompanhamento contínuo dos seus cooperados. E mais do que isso: assumem, com responsabilidade, o compromisso com a legalidade e os direitos humanos.
Nas cooperativas de café, a tolerância com o trabalho análogo à escravidão é zero. Qualquer produtor que desrespeite esses princípios é desligado imediatamente dos seus quadros associativos, sem concessões, reafirmando que a dignidade humana está acima de qualquer resultado.
O café do Brasil é sinônimo de qualidade e sustentabilidade ambiental e, principalmente, social. Mas, mais do que isso, buscamos ser cada vez mais símbolo de inclusão e de respeito. Valorizar o trabalhador (a) rural é reconhecer que, por trás de cada xícara de café, existe uma história de vida, uma família, um futuro sendo construído com dignidade.
Neste dia de celebração, o CNC reafirma sua crença de que o trabalho decente é mais do que uma meta: é uma base para a sustentabilidade da cafeicultura. E por isso seguirá atuando, em parceria com o poder público, com as cooperativas, com os sindicatos e com toda a sociedade, na construção de um setor cada vez mais forte, transparente, humano e justo.
A todos os trabalhadores e trabalhadoras do café, o nosso muito obrigado. E é com vocês que continuaremos a escrever essa história de respeito, compromisso e progresso.
0 comentário 5m3a5l

Preço do café arábica fecha sessão de 6ª feira (23) com leve alta, pressionado pela desvalorização do dólar index

Mesmo com os impactos climáticos, safra brasileira de café 2025/26 deve entregar boa qualidade

Café: Importações, exportações e produção; confira análises da Hedgepoint

Café em Prosa #212 - Barista se destaca e ganha o Desafio Koar Andradas/MG com o melhor método de preparo de café coado

Mapa divulga lista de marcas e lotes de café torrado impróprios para consumo

Colômbia prevê alta de 17,5% na safra de café 2024/25