Especulações sobre uma safra recorde no Brasil travam mercado, mas compradores podem se surpreender quando colheita começar 64x1s
Diretamente da 3ª edição da Feira do Cerrado da Cooxupé, em Coromandel (MG), o presidente da cooperativa, Carlos Paulino, conversou com o Notícias Agrícolas sobre a falta de evolução dos preços do café no mercado internacional.
Para Paulino, o Brasil irá ter uma boa safra, mas esta não deve ser uma superssafra como se dissemina nas notícias internacionais. "Na difusão dessas notícias, o comprador está ganhando essa batalha", avalia o presidente.
Ele aponta que, quando a colheita tiver início, o mercado irá perceber que as estatísticas divulgadas pelos produtores são mais verdadeiras. Ele também acredita que as estimativas feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão mais próximas da realidade: em torno de 54 a 56 milhões de sacas, considerando que a safra do conilon no Espírito Santo é a maior responsável por este número.
O café ainda está sujeito à variação climática e isso ainda poderá trazer um impacto forte para os preços. O segundo fator depende dos produtores: Paulino recomenda que as vendas sejam feitas paulatinamente porque, se forem feitas de uma só vez, "o mercado não vai ar".
2 comentários 8721h

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Francisco Malta Cardozo Santa Lúcia - SP 22/03/2018 20:14 18434
O que está faltando para regular a oferta de café para o mercado e garantir melhores condições de preço aos produtores e consequentemente para o Brasil, seria a liberação de recursos financeiros a juros razoáveis para o financiamento de estocagem da nova safra de maneira a se distribuir a comercialização uniformemente durante o ano safra de 2018/2019.
José Danas Filho Jandaia do Sul - PR 22/03/2018 10:01 6v49a
Todos os anos é a mesma coisa, projeção de super safra de café, isto só tem um objetivo derrubar os preços. Se fizermos uma análise de anos anteriores, nenhuma projeção se concretizou e o governo não se manisfesta em defesa do produtor que anda descapitalizado e até pagando para produzir. Enquanto os atravessadores e principalmente empresas de países exportadores de cafés industrializados que não tem um só pé de café plantado ficam com os lucros.
O produtor já está cansado de lutar sozinho contra uma série de problemas que dificultam desde a produção até a obtenção de lucros. Acho que todos os produtores de café tem saudades do extinto IBC. José Danas Filho